Dra. Cinthya Carlene S. F.
Quaresma é Biomédica
Esp. em Imagenologia e em Acupuntura Integrativa
A Acupuntura, que é uma
prática milenar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), é reconhecida como
habilitação na Biomedicina desde 86 e pesquisas científicas acerca deste
assunto vem crescendo, comprovando sua eficácia. Nosso corpo possui um poder de
autocura e, partindo dessa premissa, a Acupuntura ativa o equilíbrio do fluxo
energético para efetivar a saúde do corpo e da mente como um todo. Para quem não conhece, a Acupuntura apresenta-se
como uma prática simples e quase indolor, mas que é muito eficaz na prevenção e
tratamento de doenças. No entanto, sua aplicação é recomendada de forma concomitante
ao tratamento convencional, já que não é um costume ocidental a prática da
prevenção.
Além do tratamento de distúrbios metabólicos,
como a diabetes e o hipotiroidismo, a MTC também tem aplicação em desordens
genecológicas, dores em geral associadas a escolioses, lordoses, contusões,
lesões musculares por traumas mecânicos, assim como problemas emocionais, como a
depressão e a ansiedade, emagrecimento e muitas outras aplicabilidades. Em todos
esses casos, há o sucesso da Acupuntura, principalmente, quando essa prática é
associada a outras terapias alternativas, como a fitoterapia, a homeopatias e
outras. É importante destacar que, através da
Portaria n° 971/2006, foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares, regulamentando estas práticas por equipes multiprofissionais,
no SUS.
No decorrer da história
paraense, são comuns as práticas da medicina alternativa (ventosaterapia,
fitoterápicos e outros) que sempre apresentaram efeitos satisfatórios no
tratamento de diversas enfermidades. Porém, mediante o crescimento da medicina
moderna e de medicações alopáticas, estas práticas vêm se perdendo no tempo.
Em meio a estas práticas, é
importante destacar que em nossa região há um largo conhecimento da medicina
popular tradicional, como, por exemplo, o uso de plantas medicinais e outros
produtos naturais (zooterápicos, por exemplo), mas que está caindo em desuso.
Tal fato é inaceitável, pois estamos em meio a uma gigantesca farmácia natural,
que é a Amazônia. Contudo, pesquisas estão sendo realizadas com plantas brasileiras,
como a copaíba, as quais estão apresentando resultados satisfatórios, demonstrando
que a fitoterapia paraense tem, de fato, grande potencial.
A
multiprofissionalidade da Acupuntura foi confirmada pelo Conselho Nacional de
Saúde – Recomendação n° 005, de 12 de abril de 2012, no entanto, a devida
habilitação deve ser previamente definida através do Conselho de Classe do
profissional. No Pará, a Acupuntura e demais terapias complementares tem futuro
promissor, contudo, para que esse sucesso continue avançando é preciso haver
mão-de-obra qualificada, garantindo, dentre outras coisas, o respeito ao
paciente, de corpo e de mente.