Há alguns dias foi divulgada uma carta do Presidente do CRBM-4, Prof. Dr. Ricardo Ishak, À COMUNIDADE BIOMÉDICA DA REGIÃO NORTE DO BRASIL, atentando para um suposto boicote da Delegacia do Amazonas da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, aos profissionais Biomédicos. Segunda a carta, a Delegacia local, presidida pela Profª. Drª Karla Regina Lopes Elias, “tem, repetidamente, promovido Cursos de Especialização em Análises Clínicas , na cidade de Manaus, Amazonas (bem como a Sociedade Brasileira de Citologia Clínica, SBCC), e literalmente, PROIBIDO E RECUSADO A INSCRIÇÃO DE PROFISSIONAIS BIOMÉDICOS EM SEUS CURSOS ”.
Muito me estranha esse levante armado ao qual o Presidente do CRBM-4 nos excita a seguir em prol de “respeito”, como ele mesmo afirma. Estranho, pelo fato de saber que o presidente da SBAC é Farmacêutico-Bioquimico, e mais ainda por saber que a Presidente da Delegacia local é Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Citologia Clínica. Bom , mais se é assim, qual a causa de esta acontecendo isso?
Hoje, na Região Norte, os Farmacêutico-Bioquimico e Biomédicos são concorrentes diretos as vagas nos laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e citopatologia. No Pará, os Biomédicos levam ligeira “vantagem”, pois se prestam a trabalhar por salários os baixos do que realmente seria pago a um Farmacêutico-Bioquimico, ou até mesmo a um técnico de laboratório (incluindo histo-técnicos e cito-técnicos).
A solução definitiva para esse entrave, como já venho discutindo nos meus comentários anterior, é a criação do SINDICATO DOS BIOMÉDICOS DO PARÁ, que junto com o Sindicato dos Farmacêuticos do Pará, formulariam uma Convenção Coletivo de Trabalho fixando um piso salarial igual para as duas classes trabalhistas, dando um fim na desvalorização da classe biomédica e ao prejuízo que ela traz as outras classes.