Há evidências inconclusivas em relação às infecções congênitas, intraparto e pós-natal materno-fetal-neonatal por SARS-CoV-2 durante a pandemia de COVID-19. Uma revisão narrativa foi conduzida com o objetivo de orientar os médicos sobre o manejo de mulheres grávidas em relação à infecção congênita, intraparto, e pós-natal materno-fetal-neonatal SARS-CoV-2 e amamentação durante a pandemia COVID-19. Pesquisas foram realizadas no Web of Science, PubMed, Scopus, Dialnet, CUIDEN, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde para identificar estudos observacionais, séries de casos, relatos de casos e ensaios clínicos controlados randomizados avaliando a transmissão de SARS-CoV-2 da mãe para o bebê e / ou através da amamentação durante a pandemia de COVID-19. Resultados: Um total de 49 estudos foi incluído nesta revisão, compreendendo 329 mulheres grávidas e 331 recém-nascidos (duas mulheres grávidas tiveram filhos gêmeos). Os estudos foram realizados na China (n = 26), EUA (n = 7), Itália (n = 3), Irã (n = 2), Suíça (n = 1), Espanha (n = 1), Turquia (n = 1), Austrália (n = 1), Índia (n = 1), Alemanha (n = 1), França (n = 1), Canadá (n = 1), Honduras (n = 1), Brasil (n = 1) e Peru (n = 1). Amostras de líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, placenta, secreção cervical e leite materno foram coletadas e analisadas. Um total de 15 esfregaços placentários deu resultados positivos para o ácido ribonucléico (RNA) de SARS-CoV-2 no lado fetal da placenta. O RNA de SARS-CoV-2 foi encontrado em sete amostras de leite materno. Uma amostra de cordão umbilical foi positiva para SARS-CoV-2. Uma amostra de líquido amniótico foi positiva para SARS-CoV-2. Este estudo apresenta algumas evidências para apoiar o potencial de infecções congênitas, intraparto e pós-natal materno-fetal-neonatal por SARS-CoV-2 durante a pandemia de COVID-19. As mães devem seguir as recomendações, incluindo o uso de máscara e lavagem das mãos antes e depois da amamentação.
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