Trending

"Meus 12 anos": A história da inércia biomédica no Pará

12 anos. Este é o tempo exato que o movimento de criação para fundação do Sindicato dos Biomédicos do Pará tem. Em 2001, um grupo de biomédicos propôs, em uma reunião do CRBM4, a criação do sindicato da classe. Desde lá foram duas assembleias gerais (2003 e 2008) até o ciclo de palestra realizado na ultima segunda- feira (16 de setembro) com objetivo de realizar mais uma assembléia, a terceira (e a ultima, se tudo der certo, e vai dar).

Desde antes de entrar para a comissão, e até depois, imaginava e discutia com colegas por que tanto tempo para a criação de um sindicato, que na teoria, e na prática, seria um processo simples. A grande surpresa que nossos colegas de 2001 tiveram,quando descobriram o então “Sindicato dos Biomédicos e Técnicos de Laboratório de Estado do Pará”, poderia ser uma justificativa. Mas não é. Tudo bem que a falta de uma assessoria jurídica e contábil mais presente impossibilitaram a conclusão dos processos de 2003 e 2008, que por sinal, por muito pouco, não foram concluídos. Daí vem às teorias de conspiração sobre o conselho e sobre membros da comissão que faziam parte do conselho. Muitos colegas não creditavam confiança na antiga comissão pelo fato da demora em concluir o processo, mas também pelo fato de membros da comissão compor a diretoria do CRBM4. Não vou negar quer também alimentei estas teorias. É só procurar aqui mesmo no blog.

Conhecendo um por mais da historia do sindicato, do conselho e da associação e conversando com antigas lideranças, consigo perceber o real motivo de o Pará não ter um sindicato. E o mesmo motivo que coloca a associação inativa e o conselho sobre intervenção.  ACOMODAÇÃO.  Esperar que o outro faça. Não se comprometer com responsabilidades. É assim que o biomédico paraense agir. Se trancando no seu mundo perfeito de análises, pesquisas e docência, sem a coragem de colocar a cabeça para fora da janela para ver o que esta acontecendo. Para não ser incomodado. Pois está sempre, sempre, muito ocupado. Ocupado para ser valorizado e reconhecido. Vivendo em seu mundo de 2 a 6 anos de fantasia.

Hoje o conselho esta sob intervenção. Onde estão os críticos com seus dedos em riste? Ocupados provavelmente. Onde estão os injustiçados pelos editais que os colocavam fora da concorrência de uma vaga em concursos públicos? Ocupados provavelmente? Ah sim, os vejo nas redes sociais com seus polegares ascendentes, dando seu apoio incondicional ao movimento, quando deveriam estar nas reuniões, dando sugestão. “Mas já tem tanta gente lá e eu sou muito ocupado!”. Como se na testa de cada membro da comissão estivesse escrito: “Não faço nada por isso estou aqui”.  


Então, colegas, se há um motivo, não é conselho. O motivo é biomédico. O motivo está em cada espelho, atrás de aparelhos, dos microscópios, em frente às lousas. ACOMODAÇÃO.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem