Trending

Desidratação e Diafanização em Histopatologia

 

DESIDRATAÇÃO


    O processo de retirada da água do interior da célula é chamado desidratação e o procedimento inverso é a hidratação.
    Todo tecido deve ser aos poucos desidratado antes de passar pelo álcool absoluto. Do contrário, ocorrerá desidratação violenta e rápida, o que condicionará lesões estruturais da célula em caráter irreversível, além de precipitação das proteínas da membrana celular, o que impedirá a posterior penetração dos diferentes corantes e solventes para o interior das células.
    Existem vários esquemas de desidratação, nos quais são empregados vários tipos de substâncias, como álcool etílico, butílico, isopropílico, acetona, clorofórmio ou o óxido propileno.


Abaixo apresento 3 esquemas de desidratação em álcool etílico, e dependendo do número de canecas você pode adaptar a concentração. No exemplo abaixo vou usar 6 canecas:

  1. Álcool 50%  por 1 hora;
  2. Álcool 70%  por 1 hora;
  3. Álcool 95% (I)  por 30 minutos;
  4. Álcool 95% (II) por 30 minutos;
  5. Álcool absoluto (I)  por 30 minutos;
  6. Álcool absoluto (II)  por 30 minutos.


Desidratação Lenta:

  1. Álcool 70%(I)  por 1 hora;
  2. Álcool 70% (II) por 1 hora;
  3. Álcool 95% (I)  por 1 hora;
  4. Álcool 95% (II) por 1 hora;
  5. Álcool absoluto (I)  por 1 hora;
  6. Álcool absoluto (II)  por 1 hora.


Desidratação Rápida:

  1. Álcool 80% (I)  por 30 minutos;
  2. Álcool 80% (II) por 30 minutos;
  3. Álcool 95% (I)  por 30 minutos;
  4. Álcool 95% (II) por 30 minutos;
  5. Álcool absoluto (I)  por 30 minutos;
  6. Álcool absoluto (II)  por 30 minutos.


DIAFANIZAÇÃO


Antes da impregnação em parafina, deve-se proceder ao clareamento ou diafanização do material, que poderá ser feita da seguinte maneira, após a desidratação:

Xilol (I) por 1 hora;
Xilol (II) por 1 hora.


Referências:

1 - Becker, P. F. L. Manual de Patologia Cirúrgica. Rio de Janeiro: RJ; Editora Guanadara Koogan, 1977.

2 - Behmer, O. A. et al. Manual de técnicas para histologia normal e patológica - 2.ed.-Barueri, SP : Manole,2003.

3 - Manual de Laboratório cito-histopatológico: Normas e Manuais Técnicos. Ministério da Saúde, 1997.

4 - VASSALLO, J. Controle de qualidade e acreditação no laboratório de anatomia patológica/José Vassallo. -- São Paulo: Sociedade Brasileira de Patologia, 2003.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem